sábado, 8 de março de 2014

Conheça as principais agências e linhas de fomento

Elas não são fáceis de acessar, nem vão bater à sua porta, mas as linhas de fomento governamental podem ser a melhor opção de acesso a capital para sua empresa.
Quando o assunto são linhas de fomento do governo, não espere que elas venham bater à sua porta. Mas isso não quer dizer que o dinheiro não esteja disponível, apenas significa que você deve investir algum tempo para conhecer as diversas agências, linhas e programas existentes. Rafael PreviewDuton e Marcelo Sales, fundadores da Movile e da aceleradora de negócios digitais 21212, recomendam que os empreendedores tenham a iniciativa de acompanhar os editais para não perder nenhuma oportunidade. Conheça as principais agências e linhas de fomento e descubra qual é a melhor para as necessidades da sua empresa:
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico: possui um programa para empresas, o RHAE, desenvolvido para agregar pessoas altamente qualificadas (mestres e doutores) em atividades de P&D, oferecendo diversas bolsas na linha de fomento tecnológico. Nesse caso, o foco do financiamento é a pesquisa desenvolvida pelo pesquisador e sua equipe dentro da empresa, sendo que o CNPq não recebe nenhuma parte do possível resultado econômico decorrente desses projetos.
FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo: dentro dos Programas de Pesquisa para Inovação Tecnológica, essa instituição de fomento oferece bolsas e auxílios, em duas principais linhas: a PIPE e a PITE. A primeira, Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa, oferece na fase inicial R$200 mil para fazer um protótipo e mais R$1 milhão para produzir caso o protótipo seja bem sucedido. Porém, se a FAPESP fornecer o pesquisador, o direito da patente pertence a ela, mesmo que o direito do uso seja da empresa. Se esse não for o caso, há apenas um acordo de royalties. Já o PITE – Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica – pode entrar em qualquer momento, com projetos inovadores e de maior risco voltados para grandes empresas.
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos: voltada para empresas que querem inovar, ela apoia todas as etapas do desenvolvimento científico e tecnológico, como a pesquisa básica e aplicada, melhoria e desenvolvimento de produtos, serviços e processos. Entre outras linhas e programas, ela inclusive incuba empresas de base tecnológica. Ela oferece recursos reembolsáveis, não reembolsáveis e investimentos, dependendo sempre de alocação orçamentária do governo. A FINEP atua por meio de editais, por isso, é fundamental que o empreendedor “fique ligado” nos lançamentos acompanhando o website oficial.
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: é a fonte de capital de fomento que mais se aproxima de um banco, apesar de na realidade ser uma empresa pública federal. O BNDES oferece apoio financeiro de longo prazo, através de diversas linhas de financiamento. Assim, cabe a você saber qual é a mais adequada para a sua empresa. Os investimentos abrangem todos os segmentos da economia, com destaque para a agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços. Eles financiam projetos de investimento, aquisição de equipamentos, exportação de bens e serviços, fortalecimento da estrutura de capital de empresas e direciona financiamentos não reembolsáveis a projetos que contribuam para o desenvolvimento social, cultural e tecnológico. Além disso, ele oferece condições especiais para micro e pequenas empresas, o que é uma grande vantagem, já que geralmente elas têm dificuldades de conseguir crédito de um banco comum.
Identificadas as linhas que são mais adequadas à sua empresa, você precisa redigir um projeto para submeter à aprovação. Geralmente não é uma tarefa muito fácil, por isso, não hesite se achar que precisa de ajuda, porque depois que receber o investimento, é importante empenhar-se no cronograma e na prestação de contas.
O empreendedor precisa ter muita disciplina em relação à prestação de contas, o que pode ser muito trabalhoso para quem faz pela primeira vez. Portanto, uma dica é que você tenha um ou dois responsáveis por se relacionar com as pessoas da fonte do recurso, fornecedores e prestadores de serviços, organizar os documentos e elaborar os relatórios de prestação de contas.
Por Manuela Malheiros da equipe de Educação Empreendedora da Endeavor Brasil.

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