quinta-feira, 25 de abril de 2013

Os Sócios de Uma Startup


Escolher bem seus sócios é fundamental para evitar conflitos que levam o negócio por água abaixo.

Na hora de montar uma startup, todo mundo se lembra do produto/serviço, mas poucos gastam o tempo necessário para se definir quem serão os sócios da empresa e qual a proporção que cada um deterá no negócio.
Os problemas associados a essa falta de cuidado na maioria das vezes significam a morte da empresa. Seja no momento de rachar uma conta, seja na hora de embolsar o primeiro cheque gordo. Para aquelas que conseguem captar recursos com investidores, muitas vezes é nessa hora (quando está tudo pronto para ser assinado) que o problema surge e o projeto vira pó.
Quando a empresa ainda não consegue gerar receitas, essas situações podem gerar certos conflitos de interesse, e uma sociedade com muitos sócios com perfis e atribuições diferentes pode se tornar uma equação sem solução. Nessas horas, forçar a solução pode se traduzir em um risco que os investidores não estão dispostos a correr.
Sociedades com proporções muito díspares tendem a gerar desalinhamento de interesse e de incentivos. Esse é um problema bastante comum, mas geralmente evitável.
Sócio fundador, não é só quem teve a ideia  Sócio fundador é aquele que estava lá no primeiro momento, acreditando e trabalhando para fazer a ideia virar alguma coisa.
Sócio é alguém que a empresa não consegue contratar e que seja absolutamente fundamental para o negócio.
Não conseguir contratar significa não ter recursos para contratar ou algum talento/característica que não está disponível no mercado. Às vezes, a empresa precisa da experiência e o networking de um sócio para ser viável e, na maioria dos casos, isso não está à venda em lugar nenhum. Outras vezes é conhecimento gerado por toda uma vida acadêmica de pesquisas e em outros casos é um dom que a pessoa nasceu ou desenvolveu ao longo dos anos.
Muito cuidado para não confundir com bônus pool dos funcionários. A participação para funcionários deve ser feita com intuito de remuneração extra para quem trabalha.
Outro aspecto muito importante é entender que a remuneração dos sócios não deve ser confundida com a sua participação, ou seja, a proporção na sociedade é em função de fatores como a importância do sócio para existência do negócio, a capacidade de desenvolvimento da empresa, liderança, pensamento estratégico.
A remuneração é dada aos sócios que trabalham no dia a dia com atribuições operacionais. Em outras palavras, quem trabalha no dia a dia não justifica uma participação maior, mas sim uma remuneração por esse trabalho. 
Humberto Matsuda é Managing Partner e Vice-Presidente de Venture Capital na Performa Investimentos.
Fonte: Endeavor

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