quinta-feira, 9 de junho de 2011

Conheça os desafios do profissional freelancer

Identificar as oportunidades de trabalho autônomo pode ser o caminho para iniciar uma carreira. Porém, saber lidar com as oscilações do mercado é fundamental para o sucesso de um freela.

A busca por maiores oportunidades, flexibilidade de horários e não ter um chefe são alguns dos motivos que levam profissionais a se tornem freelancers. Contudo, o trabalho independente exige disciplina e saber lidar com as oscilações do mercado de trabalho.

O webdesigner, Felipe Figueiredo Lacerda, nos conta que se tornar freelancer foi mais uma questão de oportunidade do que uma decisão. “Eu já trabalhava numa empresa e, aos poucos, com meu trabalho sendo conhecido, fui sendo indicado por amigos para outras pessoas que também precisavam do serviço que eu prestava.”

“O que acontece algumas vezes é que quando os prazos apertam ou surge alguma urgência é preciso trabalhar mais do que o normal, virar a noite, perder finais de semana,"afirma Felipe.

De acordo com Felipe, a rotina de um Freela, quando este é regrado no trabalho, não é muito diferente de um profissional que está dentro de uma empresa. “O que acontece algumas vezes é que quando os prazos apertam ou surge alguma urgência é preciso trabalhar mais do que o normal, virar a noite, perder finais de semana. Além disso, o freela muitas vezes trabalha como vendedor e técnico, precisa estar disponível para reuniões e para atender as necessidades dos clientes diariamente.”

O jornalista Raphael Paradella durante a faculdade trabalhava com artes, devido a oportunidades de estágio e até mesmo por diversão. “Assim que me formei, comecei a procurar emprego na área de jornalismo ou assessoria de comunicação. Nos primeiros meses, que geralmente são os mais complicados neste sentido, estava sem dinheiro e sem ocupação fixa. Foi quando uma amiga, que já tinha visto algumas artes informais minhas, pediu para que elaborasse a identidade visual da empresa de consultoria administrativa dela. No começo achei que fosse questão de ajuda mesmo, mas, durante o trabalho percebi que poderia ser algo interessante trabalhar por minha conta de maneira informal.”

“é preciso compreender que a vida de freela é instável, então, temos que dar prioridade ao emprego formal”, afirma Raphael.

Raphael faz trabalhos independentes há quatro anos, conciliando com outros compromissos profissionais. Segundo ele “é preciso compreender que a vida de freela é instável, então, temos que dar prioridade ao emprego formal.” Contudo, ele acrescenta que também é necessário se profissionalizar como autônomo para não perder esta oportunidade de trabalho. “Busquei práticas de mercado que eu poderia implantar como autônomo, como contrato de prestação de serviços, prazos para entrega, valores e orçamentos, um computador próprio para o desenvolvimento das peças e outros. Além disso, é preciso ter uma visão ética dos processos.”


Os desafios 

O fotógrafo Lucas Tavares, começou o trabalho independente por meio de convites de outro profissional da área para desenvolver alguns projetos. Atualmente, ele se mantém financeiramente como freelancer. “Trabalho chama trabalho. Quando dei por mim já tinha uma carta de alguns bons clientes que me possibilitaram a trabalhar por conta própria, mesmo quando eu estava empregado na redação de um jornal.”

Felipe Lacerda ressalta que um freela deve ser disciplinado e ter grande senso de responsabilidade. “Se você não consegue cumprir prazos pode manchar sua reputação, isto significa mais dificuldade para captar clientes. É preciso também ter organização, com o aumento do número de trabalhos, você precisa definir o que é prioridade e organizar o seu tempo.” O webdesigner ainda lembra que, como autônomo, você passa a não ter um chefe, mas tem um cliente e este, muitas das vezes, pode ser mais exigente que um patrão.

De acordo com Raphael Paradella, os pontos positivos e negativos de ser freela se convergem na informalidade. “Somos vistos como aqueles que tiram trabalho de profissionais formais, que geram desconfiança quanto ao profissionalismo e capacidade de organização. Tudo isso é capaz de gerar certo preconceito negativo. Mas, por outro lado, temos valores mais baixos, assumimos menor tramite burocrático, somos dinâmicos na negociação de valores e prazos e temos, muitas vezes, a mesma qualidade de serviço de uma empresa formalizada.”

Felipe também acrescenta como vantagem de ser freelancer a flexibilidade de horário. “Você pode decidir trabalhar em dobro num dia e tirar o outro de folga. Outro ponto é que com um trabalho bem feito, há o reconhecimento direto de quem encomendou o projeto e isso é muito bom, atrai outros clientes e divulga o seu trabalho.”

Porém, para aqueles que pretendem ingressar na profissão como freelancer, Felipe aconselha “antes de decidir ser um freela e viver somente disso, é preciso planejar com muito cuidado e sempre ter uma poupança para os momentos de crise financeira.” E Lucas Tavares ainda acrescenta “é preciso ter consciência que, embora você seja seu patrão, a cobrança deve existir para que os trabalhos sejam bem feitos e entregues no prazo. E isso depende de toda uma estrutura que há no mercado formal, mas que é o profissional freela que tem que aplicá-la no seu trabalho.”

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