segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Startup ou uma grande empresa, qual será seu próximo desafio?


por: Juliana Schlesinger Felippe * 

 * Juliana Schlesinger Felippe é especialista em recrutamento da Robert Half.


As oportunidades de emprego sobram para profissionais qualificados. Até aí, nenhuma grande novidade na conjuntura do mercado de trabalho brasileiro. Identificamos diferentes perfis de empresa, sendo que para cada perfil de organização, como um quebra-cabeça, há profissionais que se encaixam com precisão. No Brasil, além de empresas já consolidadas é notável a presença de empresas abrindo operação no País, conhecidas como startups e que estão entre as principais em termos de número de oportunidades oferecidas.

A peça, ou melhor, o perfil profissional que melhor se encaixa em startup é conhecido como “Hands on”. Na prática, são pessoas que apresentam aspectos comportamentais como energia e ambição elevadas.

Com relação aos aspectos técnicos, as empresas em início de operação, em geral, demandam profissionais mais generalistas, já que as equipes são enxutas, se dividindo entre atividades operacionais e estratégicas. No caso de um profissional da área de vendas em uma startup, por exemplo, é necessário que ele seja multifuncional e tenha conhecimentos em backoffice, relacionamento com clientes, desenvolvimento de negócios, elaboração de propostas, posicionamento da marca, conhecimento em finanças, logística, desenvolvimento de processos, visão 360º da empresa e que seja capaz de assumir grandes responsabilidades. A estrutura reduzida, por outro lado, garante maior visibilidade e as chances de crescimento e possibilidade de atingir níveis de diretoria são mais rápidas.

Em paralelo às startups, encontramos empresas já consolidadas e com estruturas de porte maior, apresentando menor risco para o profissional, muito embora as responsabilidades sejam diluídas em equipes maiores, já que nestas empresas há diversas pessoas no mesmo nível hierárquico. Esta configuração oferece menos exposição ao profissional e há um escopo de trabalho mais rígido. Essas características da organização demandam um perfil profissional especialista e de personalidade conservadora. Se por um lado empresas com marcas consolidadas abrem portas aos profissionais, por outro o desenvolvimento na carreira é mais lento.

Antes de tomar decisões e aceitar novas propostas é importante que os profissionais mapeiem os riscos. Um estágio anterior, no entanto, é o exercício individual de planejar a carreira, entender o próprio perfil, traçar objetivos claros e saber se está preparado, ou quais os passos a serem dados para atingir as metas. Desta forma, são maiores as chances de alinhamento entre competências técnicas e comportamentais com as oportunidades presentes no mercado de trabalho, o que garante mais assertividade na tomada de decisões e que o quebra-cabeça funcione em harmonia.

*Juliana Schlesinger Felippe é especialista em recrutamento da Robert Half.
Fonte: Robert Half

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