Ao longo de sete anos, a Aché investiu mais de R$ 15 milhões para desenvolver seu centro de pesquisas e fez parcerias com diversas universidades nacionais e pesquisadores de todo o mundo. Tudo para colocar nas prateleiras das farmácias o primeiro antiinflamatório desenvolvido totalmente no Brasil. Fica simples de entender tanto empenho ao ver que o mercado de fitomedicamentos – a categoria em que se enquadra a droga da Aché – movimenta R$ 400 milhões e cresce 15% no período de um ano.
A Brapenta, empresa de equipamentos eletrônicos, por sua vez, investe 10% de seu faturamento anual de R$ 10 milhões em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias próprias. Atualmente, a Brapenta é líder no mercado latino-americano de detectores de metal.
Há inúmeros casos brasileiros de empresas que conseguiram destaque no mercado depois de começar a dar atenção ao desenvolvimento de produtos e tecnologias dentro de suas dependências.
O motivo é estratégico para as empresas que consideram importante contar com pesquisas exclusivas e, assim, poder explorar segmentos específicos do mercado, aqueles aos quais ninguém está prestando atenção ainda.
E o Brasil, com tanta expectativa – e demanda por infraestrutura – em torno dos Jogos Olímpicos, da Copa do Mundo, do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do Pré-Sal, tem se mostrado um local muito promissor para o desenvolvimento de novas tecnologias.
É nisso que aposta, por exemplo, o grupo americano General Electric, que vai desembolsar US$ 550 milhões para criar um centro de pesquisa em terras cariocas. É apenas o quinto centro de pesquisas da GE no mundo, e tem como finalidade desenvolver novas tecnologias para exploração do pré-sal. Com conclusão prevista para 2012, o centro empregará 200 engenheiros e pesquisadores.
Se as empresas estrangeiras veem potencial para investir em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, as companhias nacionais também têm visto motivos para criar centros de pesquisa.
Pensando em ampliar seus negócios no exterior, a TOTVS inaugurou um novo centro de desenvolvimento de software. Nesse laboratório, o objetivo é criar o que a empresa tem chamado de produtos globais. Mais do que isso, essa é, na expectativa da empresa, a base de todo o crescimento da TOTVS para os próximos anos. O centro abriga 700 profissionais, com equipes dedicadas a cada um dos segmentos atendidos pela empresa.
Fonte: HSM
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